Roy Haynes

Biografia

Roy Haynes

Quando Roy Haynes toca sua bateria, sessenta anos de experiência se refletem em cada batida precisa. Músico profissional desde 1942, seu swing incansável e sua sonoridade surpreendente marcaram as bandas de diversos inovadores do jazz, abrangendo um amplo espectro da improvisação.

Roy Haynes nasceu em Boston, em 13 de março de 1926, e demonstrou grande interesse pelo jazz desde que se lembra. Autodidata, começou a tocar localmente em 1942 com músicos como o guitarrista Tom Brown, influenciado por Charlie Christian, o líder de banda Sabby Lewis e o saxofonista alto Pete Brown, que tinha um estilo baseado no blues de Kansas City. No verão de 1945, recebeu um convite para integrar a banda do lendário Luis Russell, que havia sido responsável pelo suporte musical de Louis Armstrong entre 1929 e 1933. A banda se apresentava para dançarinos no icônico Savoy Ballroom, em Nova York. Quando não estava viajando com Russell, Haynes passava bastante tempo na famosa 52nd Street de Manhattan e no clube Minton’s, o berço do bebop, absorvendo toda a cena musical.

Haynes foi baterista de Lester Young de 1947 a 1949, trabalhou com Bud Powell e Miles Davis em 1949 e se tornou o baterista preferido de Charlie Parker entre 1949 e 1953. Entre 1954 e 1959, fez turnês mundiais com Sarah Vaughan e, em 1959-60, tocou extensamente com Thelonious Monk. Entre 1960 e 1961, gravou oito discos com Eric Dolphy. De 1961 a 1965, colaborou intensamente com Stan Getz e, entre 1963 e 1965, tocou e gravou com o John Coltrane Quartet. Desde 1968, colaborou ocasionalmente com Chick Corea e, nos anos 90, com Pat Metheny. Metheny participou do disco Te Vou! de Haynes, que foi eleito o Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo pela NAIRD em 1996. Atuando como líder de banda desde o fim dos anos 1950, Haynes já trabalhou com artistas como Phineas Newborn, Booker Ervin, Roland Kirk, George Adams, Hannibal Marvin Peterson, Ralph Moore e Donald Harrison. Um dos três melhores bateristas segundo o Downbeat Readers Poll Awards, ganhou o título de Melhor Baterista em 1996 e, nesse mesmo ano, recebeu a prestigiosa honraria francesa Chevalier des l'Ordres Artes et des Lettres.

No álbum Praise, Haynes reuniu um quinteto de improvisadores com a metade de sua idade. O mestre, então com 72 anos, explorou nove faixas de todos os ângulos possíveis, enquanto seus jovens colegas precisavam se esforçar ao máximo para acompanhá-lo. Entre os músicos, destacam-se o saxofonista alto Kenny Garrett e o saxofonista tenor David Sánchez, além de seu filho Graham Haynes no cornet e flugelhorn. O pianista David Kikoski já tocava com Haynes há 15 anos, enquanto o baixista Dwayne Burno era uma nova adição ao grupo.

Como nos dois álbuns anteriores de Haynes para a Dreyfus (When It's Haynes, It Roars e Te Vou!), Praise celebra seu legado sem perder de vista seu lema: "Agora é a hora". Ele imprime sua personalidade em cada faixa, criando frases rítmicas intuitivas, comparáveis ao estilo de um grande dançarino de sapateado. Haynes explica seu processo: "Estruturo as peças como montar um cavalo. Você puxa uma rédea aqui, aperta ali, solta acolá. Mas continuo no comando. Deixo ir, vejo para onde está indo e como está se sentindo. Às vezes eu solto, às vezes mantenho tudo tranquilo e deixo a música respirar—sempre no ritmo e com emoção. Então, a música fica apertada, mas solta ao mesmo tempo."

O álbum apresenta performances marcantes, como um emocionante dueto com Kenny Garrett em My Little Suede Shoes, 49 anos após Haynes tocar na gravação original de Charlie Parker ao lado de dois percussionistas. Em Israel, Haynes homenageia seu amigo John Carisi, cuja composição estreou na gravação de Birth of the Cool em abril de 1949, com Kenny Clarke na bateria. The Touch of Your Lips é mais uma das baladas de Sarah Vaughan que Haynes gravou, destacando um solo de flugelhorn de Graham Haynes. Inner Trust, composta por Kikoski, tem forte influência do estilo de Coltrane e conta com um solo intenso de David Sánchez. O pianista Kikoski brilha em dois momentos solo—uma interpretação suave do hino tradicional Morning Has Broken e uma versão enérgica de Blues On The Corner, de McCoy Tyner, usando piano elétrico. O trio de sopros encara com maestria Mirror, Mirror, de Chick Corea. After Sunrise traz um envolvente diálogo instrumental, enriquecido pela percussão latina de Daniel Moreno. O álbum termina com um solo de bateria altamente expressivo, Shades of Senegal.

Haynes reflete sobre sua incessante busca pela inovação: "Estou sempre praticando na minha cabeça. Na escola, um professor chegou a me mandar para a diretoria porque eu ficava batucando na mesa. Meu pai dizia que eu era apenas inquieto. Mas estou sempre pensando em ritmos e baterias. Quando eu era jovem, praticava muito. Hoje, sou como um médico: quando ele opera, ele está praticando. Meus shows são minha prática. Talvez eu toque algo que nunca ouvi antes. É tudo um desafio. Eu trabalho com sons. Sou movido pelo ritmo. Eu o sinto em todas as estações—verão, inverno, outono, primavera—rápido e devagar, quente e frio, cores. Mas nunca analiso demais. Já toco profissionalmente há mais de 50 anos, e é assim que faço. Sempre me surpreendo. O pior é quando não consigo fazer acontecer, mas geralmente sai bem. Fico um tempo sem tocar, e quando volto é como um tigre saindo da jaula. Tento me conter, não quero exagerar. Gosto de trocar ideias com os músicos e manter o ritmo fluindo. Como Coltrane dizia: Keep it moving, keep it crisp!"

Em 2011, Roy Haynes foi homenageado com o Grammy Lifetime Achievement Award!

Parabéns, Roy, de toda a equipe Yamaha Drums!

CS755

Peso médio, inclinador central, pés de reforço simples

Mike Bordin

Mike Bordin

Mike Bordin, baterista canhoto com pegada única, destacou-se no Faith No More por 16 anos e depois com Ozzy Osbourne e Korn. Influenciado por mestres como Art Blakey e C.K. Ladzekpo, criou um estilo próprio, combinando potência e musicalidade. Fiel à Yamaha desde 1978, confia nos tambores e no hardware da marca, inclusive usando sua caixa personalizada SD6465MB, criada para suportar sua intensidade nas gravações e turnês globais.

Phil Ehart

Phil Ehart

Phil Ehart, nascido no Kansas, tocou bateria desde jovem, influenciado pela vida nômade da família na Força Aérea. Após experiências musicais em Nova Orleans e Londres, formou a banda Kansas em 1973 ao lado de Kerry Livgren. Desde 1974, a banda lançou diversos álbuns e vendeu mais de 30 milhões de cópias mundialmente. Phil é baterista e gerente da banda, além de parceiro da Yamaha por grande parte da carreira.

Paul Bostaph

Paul Bostaph, renomado baterista de rock e metal, conhecido por tocar em Slayer, Testament, Exodus e Forbidden, juntou-se ao time Yamaha Drums, tocando um kit Custom Oak de 9 peças. Ele elogia o timbre das baterias Yamaha e expressa satisfação em criar com elas. Paul retornou recentemente de turnê europeia com Testament, que prepara novo álbum para 2010. Yamaha prevê uma parceria longa e de sucesso com o artista.